Por Athos Ribeiro
Domingo, estava, eu, na casa da minha namorada, quando - do nada - ela acha
um livrinho antigo, daqueles de guria, que fala diversas coisas sobre a
adolescência. Um dos capítulos era sobre o modo de falar entre namorados.
Nesse, havia uma historinha, em que os apelidos citados eram bem
constrangedores - como “Xapinho” (Sapinho) e “Coelhinha Losa” (Coelhinha Rosa);
mas, na história, passavam um ar de naturalidade esse tipo de tratamento. Achei
exagerado, é claro. Demos risada. Obviamente, os apelidos viraram motivo de
deboche entre nós, mas só entre nós!
No momento em que acabamos de ler ela falou:
- Monti engraçado, né? Mas isso não pode ser vedadi.
Eu automaticamente respondi:
- Sim! Só pode ser bincadera! Pufavô né! Ninguém fala desse jeito.
Mais risadas!
Pensando sobre isso, me perguntei: será que todos os casais falam assim? Com
um “vocabulário” bizarramente infantil, trocando letras R, por letras L ou X,
falando “axim”: “amorxinho”, “colação”, etc? Espero que não. É ridículo, ainda
mais quando se está na frente de outras pessoas.
Na verdade todos falam (espero que todos falem, pois se só eu falar, com
certeza isso será o motivo de bullying pelo resto da minha vida na faculdade).
É engraçado, monti engraçado (risos), mas é estranho ver os outros falarem.
Então não falem em público dessa maneira com seus namorados e namoradas,
pufavô! Bigadu!
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