segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cidadão Kane FOI um grande filme, por Louise Zilz



      

           O filme norte- americano, “Cidadão Kane”, lançado em 1941, foi e ainda é considerado um dos melhores filmes já produzidos. Foi Orson Welles, na época jovem, quem teve a ideia de inovar no ramo cinematográfico, trazendo novas tecnologias, novas técnicas de filmagem para a produção do filme. O longa-metragem marca também a passagem do cinema mudo para o falado, o que é considerado mais uma singularidade desta produção.  
O filme trata da história da vida de Charles Foster Kane – um personagem fictício, mas que gerou muita polêmica pela sua semelhança com o magnata da imprensa norte-americana, William Randolph Hearst. Logo nas primeiras cenas, aparece o momento da morte de Charles, que pronuncia a palavra “rosebud”. Essa seria a palavra-chave de todo o filme, pois é por causa dela que uma investigação é iniciada a fim de descobrir seu significado, o porquê de Charles ter somente a pronunciado em seu leito de morte. Essa procura desencadeia uma série de depoimentos de diferentes pessoas que conviveram com Charles e mostra a vida dele – desde sua infância pobre, morando com seus pais, até seu auge na imprensa e política estadunidense, seguido pela decadência e solidão - por diferentes perspectivas.
Para ser sincera, ao saber que seria este o filme tratado, fiquei um tanto frustrada por se tratar de um filme antigo (o que normalmente é sinônimo de filmes nada emocionantes). Porém a surpresa foi uma trama envolvente e nada entediante, inclusive, fácil de confundir com produções atuais – não fosse a imagem em preto e branco. Acredito que ele tenha sido um grande filme na época do lançamento devido a todas as novidades trazidas, mas hoje em dia, pelo menos para mim, não passou de mais um filme que logo cairá no esquecimento. Para a geração de hoje, os efeitos, as técnicas, as tecnologias usadas no filme já se tornaram comuns - algumas inclusive ultrapassadas. André Bazin foi um renomado crítico de cinema que na época comentou sobre o uso da profundidade de campo utilizado no longa. Ele disse que o filme proporciona ao espectador um contato mais próximo com a cena do que ele experimentaria na realidade. Gostaria de saber o que ele diria hoje sobre os filmes em 3 ou até mais dimensões.
Enquanto “Cidadão Kane” ainda encabeça algumas listas dos melhores filmes já produzidos, em outras ele nem aparece mais. O longa é muito útil para acompanhar o desenvolvimento do cinema mundial devido suas grandes inovações, mas não deveria mais ser considerado um dos melhores já produzidos perante às grandes produções que temos hoje. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário