Crônica de Um Cotidiano
Acordei. Já estou
acordado. Mas é difÃcil levantar da cama. É difÃcil abrir os olhos. Pra falar a
verdade a única dificuldade que não existe é a das ações involuntárias: Respiração,
batimentos cardÃacos, peristaltismo, pensamentos das mais diversas naturezas (se
para alguns é preciso algum esforço para pensar, no meu caso os pensamentos
surgem à tona e exigem que eu interaja com eles, como crianças eufóricas/chatas
querendo brincar).
Num abrir e
fechar de olhos, tão rápido como um relampejo, vejo no relógio, que está na
frente do meu rosto, que já está quase na hora de ficar em pé. Lembro-me de
outros dias que acordei com preguiça, porém atarefado (na verdade quase todos
os dias da minha vida), que ao levantar... nada de ruim me aconteceu, talvez
por isso ainda o faça. Errante vou ao banheiro para dar inÃcio ao ritual diário
que é a higiene pessoal. Após, um café
rápido, não por estar atrasado, mas por não ter paciência de sentar à mesa,
cortar um pão, passar qualquer coisa nele, depois mastigar inúmeras vezes.
O trabalho me
abraça como... Não, na verdade não abraça, um abraço sempre é bom, já o
trabalho... Evitarei falar. Evitarei meeesmo.
Ó, o dia já passou.
E eu não disse que foi rápido. Mas de
repente, quando você nota, a fase mais desgastante dentro das 24h se foi.
Independente da ocupação, a melhor hora é a de ir embora. Estou errado? Espero
não ser o único a pensar assim, do contrário, sou o único que deseja desfrutar do
resto de tempo que ainda está disponÃvel neste dia. E então depois de todas as
tarefas cotidianas, você se vê fazendo aquele ritual de novo e indo para onde
desejou não ter saÃdo (quem sabe um pouco de exagero). Outra vez os pensamentos
tomam conta da minha cabeça, não deixando espaço para o nada que agora quero.
Depois de muito tempo, como aquelas crianças que cansaram de brincar, vão
embora, me deixando cair no sono...
...Acordei. Já estou acordado. Mas é difÃcil levantar da
cama...
Um vem e vai de ações, não infinito, pois dura apenas uma
vida.
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