Desde os tempos mais remotos a arte se faz
presente na vida dos seres humanos. Pinturas rupestres, esculturas, monumentos,
construções, enfim, inúmeras formas de expressão artística podem ser citadas.
Nesse contexto, é inegável o poder que esta possui de encantar, fazer sorrir,
refletir e provocar diferentes emoções.
Gostaria de analisar, contudo, o caso da arte
contemporânea. Essa que nos apresenta pinturas belíssimas, esculturas
magníficas, obras consagradas, mas também desvarios como um urinol de louça (‘‘A
Fonte’’ Marcel Duchamp) e cães deixados a morrer de fome (‘‘Exposición nº 1’’ Guillermo Habacuc – artista que deixou
um cão de rua morrer de fome, à vista do público).
Não sou especialista no
assunto, mas não é preciso que o seja para perceber que nomear objetos banais
ou tirar a vida de animais não é algo artístico e sim absurdo, por mais amplo
que o sentido de arte seja. Frente a revoluções tecnológicas e a novas formas
de pensar e agir, ainda preservo um pensamento que pode ser dito um tanto
conservador, de que a arte deve fazer algum sentido, não só para o autor, mas
também para o público. Contudo, não acho antiquado dizer que criar não é só
inventar algo inusitado e fora do habitual, não acho convencional dizer que a
arte deve apresentar algo único e com qualidades de utilidade ou de apreciação
visual.
Aqueles, com uma mente menos
casual, podem alegar que nesse meio tudo pode ser considerado belo, ou que a
partir de uma análise mais profunda, tais obras possuem um significado sim,
basta refletir a respeito. Não consigo, entretanto, encontrar fundamento em casos
como esses, que em minha opinião são desprovidos de talento e contam apenas com
uma imaginação bastante ampliada. Uma madeira rachada ou latinhas enferrujadas
(obras de Joseph Beuys), por exemplo, constituem banalidades, destroços, e não
uma criação digna de análises, avaliações, críticas e olhares.
Não pretendo estabelecer um
certo e um errado, um bonito e um feio. Apenas gostaria de entender a
necessidade dos ditos ‘‘artistas’’, de apresentar tais mediocridades ao seu público.
A estes artistas ficam os
questionamentos: Qual a pretensão em expor tais obtusidades? Onde está a arte
nestas obras? Até onde é aceitável que se chegue para expressar o que se pensa?
A ética não é mais utilizada na escola artística vigente?
Alice Garcia
Nenhum comentário:
Postar um comentário